Avenida Paula Ferreira 3.784 e Avenida Mutinga, 02
Inaugurada em 1885 pela São Paulo Railway, a estação foi o núcleo para a formação do bairro do mesmo nome. Em 1964, passou por reformas e foi construída uma passarela e mais uma plataforma, entregue em 1965. "Nos idos de 1965 um tio meu morava perto da estação de Pirituba, no alto de um morro. A vista para o trecho Pirituba-Lapa da Santos-Jundiaí era espetacular, e a toda hora passavam trens dos mais variados: TUEs (trens-unidade elétricos, de subúrbio) Budd, Gualixo, passageiros da Paulista, carga... ah, se eu tivesse uma máquina fotográfica naquela época! Mas não dava para ver a ponte sobre o Tietê, uma curva da estrada a escondia. A população conhecia as manhas da Santos-Jundiaí e tomava proveito delas. Não sei porque motivo, em determinados horários, sempre os mesmos, os TUE que vinham da Luz paravam por instantes um pouco antes de entrar na estação de Pirituba, provavelmente aguardando a liberação da plataforma. De fato, dali a instantes saía um TUE da estação, rumo a São Paulo, e a composição que se encontrava parada finalmente entrava na estação. Os passageiros que estavam nesses TUEs vindos de São Paulo e que moravam nas imediações da estação tomavam partido dessa manobra. Para evitar ter de se deslocar inutilmente até a estação (de trem) e depois retornar (a pé) ao local onde já se encontravam parados, esses passageiros desembarcavam assim que o trem fazia a parada estratégica antes de entrar na estação, aproveitando que a união entre os dois TUEs que constituíam a composição não tinha sanfona, só a plataforma para passagem" (Antonio Gorni, 02/2007). O prédio atual é dos anos 1970. Atualmente atende aos trens metropolitanos da CPTM.
HISTÓRICO DA LINHA
A São Paulo Railway - SPR ou popularmente "Ingleza" - foi a primeira estrada de ferro construída em solo paulista. Construída entre 1862 e 1867 por investidores ingleses, tinha inicialmente como um de seus maiores acionistas o Barão de Mauá. Ligando Jundiaí a Santos, transportou durante muito anos - até a década de 30, quando a Sorocabana abriu a Mairinque-Santos - o café e outras mercadorias, além de passageiros de forma monopolística do interior para o porto, sendo um verdadeiro funil que atravessava a cidade de São Paulo de norte a sul. Em 1946, com o final da concessão governamental, passou a pertencer à União sob o nome de E. F. Santos-Jundiaí (EFSJ). O nome pegou e é usado até hoje, embora nos anos 70 tenha passado a pertencer à REFESA, e, em 1997, tenha sido entregue à concessionária MRS, que hoje a controla. O tráfego de passageiros de longa distância terminou em 1997, mas o transporte entre Jundiaí e Paranapiacaba continua até hoje com as TUES dos trens metropolitanos. (estacoesferroviarias.com.br)