CASARÃO AFONSO SARDINHA
Rua Antonio Cardoso Nogueira, 539
Dentro do Parque Estadual do Jaraguá
Acesso pela Anhanguera km 18 sentido interior
Administrado pela Fundação Florestal - fechado para visitação
As histórias contam que as minas do Jaraguá se tornaram famosas pela produção de
ouro de aluvião, a ponto de receber a alcunha de “Peru do Brasil”, conforme as noticias de diversos sertanistas paulistas. Afonso Sardinha é tido
como descobridor de minas em São Paulo, entre 1590 e 1597. Os registros históricos informam que as evidências de Sardinha por São Paulo são duas casas: uma no Butantã, na Praça Monteiro
Lobato e o “Casarão” do Parque Jaraguá, além de poços de lavra de ouro em área contígua ao parque, ocupada por população indígena. Os registros
históricos revelados que no tempo das Bandeiras, o Jaraguá orientavam quem está chegando ao sertão.
Passados pouco de 500 anos em meio a mais importantes histórias e registros, hoje, o
Jaraguá se constitui em uma área de preservação, depois de pelo menos cinco décadas de trabalho. Em seu Plano de Manejo constam idéias e propostas
para criar um “Museu Mineralógico”, por exemplo. Um breve retrospecto da história do lugar registra que em 1940 o Estado de São Paulo adquiriu 202
alqueires da Fazenda Jaraguá. Em maio de 1961, o Jaraguá foi reconhecido como um Parque Estadual. Em
1978 o Conselho Estadual do Patrimônio Histórico formalizou o tombamento da área. Quase duas décadas da Biosfera depois, o Jaraguá foi integrado
na Organização Verde das Nações para Educação, Ciência e Cultura, que integrou um Núcleo de Cidade de São Paulo.
NOVA PÁGINA
De agora em diante, a Fundação Florestal deverá promover os entendimentos com o Conselho de Desenvolvimento do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico
(Condephaat) estabelecer os procedimentos necessários para promover a restauração do imóvel e definir os usos para o imóvel. O Parque Jaraguá ainda guarda uma certa mística, beleza como cartão
postal e ponto referencial de lazer para o paulistano. Mas, apesar da riqueza dos relatos de lendas indígenas, histórias do tempo da exploração do ouro e das expedições dos bandeirantes, nos
tempos mais atuais, costuma ser mais lembrado por apresentar antenas de televisão espetadas em seu pico.
O Jaraguá que já foi tema do romance homônimo de Alfredo Ellis Junior, padece com os efeitos do urbanismo da grande metrópole e as pressões antrópicas. “O senhor do
vale que já foi porta de despedida e esperança dos bandeirantes, pede o lugar a que tem direito na história de São Paulo”, registra documento com resumo de sua história destacando “sua
importância como esse ícone paisagístico, como guardião de elementos da natureza e importância no período da economia colonial brasileira”. A expectativa é de que a retomada do importante
edifício se inscreva no contexto de mudanças que estão sendo operadas no modelo de gestão das Unidades de Conservação do Estado de São Paulo, a partir da edição do Decreto Estadual n° 57.401, de
seis de outubro de 2011, que autoriza a Fundação Florestal a celebrar parcerias mediante licitação pública. O Parque Jaraguá está entre aquelas que revelam potencial para parcerias destinadas a
fomentar os serviços para a população. (fflorestal.sp.gov.br)
1970: ANTES DA REFORMA
Fotos: Ludovico Rantiquieri
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